sexta-feira, 24 de maio de 2013

Concreto sustentável economiza quase 100% de recursos da natureza

Concreto sustentável economiza quase 100% de recursos da naturezaProduto substitui 70% de areia natural e 100% de pedra, além de usar menos água. Objetivo é poupar recursos naturais e evitar o descarte de substancias nocivas ao meio ambiente

CorreioWeb - Lugar Certo
Publicação: 08/03/2013 10:15 Atualização: 08/03/2013 10:20

O Engenheiro e professor da Universidade de São Paulo, Javier Mazariegos Pablos, desenvolveu o concreto ecologicamente correto, que substitui areia, pedra e água por materiais reaproveitados (Divulgação)
O Engenheiro e professor da Universidade de São Paulo, Javier Mazariegos Pablos, desenvolveu o concreto ecologicamente correto, que substitui areia, pedra e água por materiais reaproveitados
Quanto vai custar para a sociedade a exploração desenfreada dos recursos naturais? Certamente o preço será incalculável, ainda mais quando se trata de materiais de construção, que são extremamente nocivos ao meio ambiente. Uma das soluções para modificar esse cenário de destruição é o reaproveitamento. Levando ao pé da letra o significado da palavra “reaproveitar”, o Instituto de Arquitetura e Urbanismo da USP idealizou um concreto, feito de materiais alternativos reaproveitados, que economiza quase 100% de recursos naturais utilizados em concretos normais.

Segundo o engenheiro autor do estudo, Javier Mazariegos Pablos, a ideia principal do projeto é preservar os recursos naturais e evitar a enorme contaminação dos aterros industriais. “O concreto tradicional emprega cimento, areia, pedra e água, enquanto o sustentável substitui 70% da areia natural por areia de fundição - utilizada na fabricação de moldes de peças metálicas e 100% da pedra por escória de aciaria - resíduo que sobra da produção do aço, além de reduzir em grande quantidade o uso de água”, explica.

Ecologicamente correto e econômico
Os moldes feitos para a fabricação de peças de metal são compostos basicamente de areia de fundição e argila. “O metal, derretido a quase 1400 graus, é colocado no molde, depois de tomar a forma, o molde é destruído, porém somente 10% do que restou dele pode ser reaproveitado para a fabricação de novos moldes, os outros 90% são descartados”, conta.

O pesquisador explica que a areia de fundição é facilmente doada pelas fabricas, que descartam cerca de 400 toneladas dessa areia por mês. “No fim das contas os dois lados ganham com o uso desse material. Para o descarte, os aterros industriais cobram em média R$ 200 por tonelada, ou seja, doar acaba sendo bastante vantajoso para as fábricas”, ressalta.

O concreto sustentável, além de evitar o grande descarte de resíduos, colabora para que a areia não seja retirada do meio ambiente. “O concreto convencional é, na maioria das vezes, feito com areia retirada dos leitos dos rios, isso pode causar assoreação e mais uma série de danos”, comenta.

De acordo com Javier, por conta da facilidade em conseguir a matéria prima, o custo da produção do concreto sustentável é bem menor do que o do concreto normal. “O produto que nós desenvolvemos ainda não está à venda, mas duas industrias já estão interessadas em comprar a patente, e se comercializado, certamente vai custar mais barato que os outros”, conta. Segundo ele, o projeto, desde o inicio, nunca teve pretensão em concorrer no mercado com outros concretos. “O objetivo final não é lucrar com vendas, mas sim melhorar as condições do meio ambiente e preservar os recursos que ainda nos restam”, afirma.

Calçadas, guias e contrapisos
O concreto sustentável não pode ser usado para fins estruturais, somente para pavimentação, calçadas, contrapisos e outras áreas que não sofrem tanto esforço. “Na verdade esse concreto é tão resistente quanto o convencional, mas como ainda não foram feitos os estudos, que levam mais de 20 anos de observação do comportamento do material, não é aconselhável usar”, alerta.

Segundo ele, vários testes foram feitos para comprovar a resistência do produto. “Quando aplicado em calçadas, por exemplo, agüenta toneladas sem sofrer danos. Isso acontece porque as calçadas são apoiadas no chão, diferente das paredes, que sustentam o peso da casa”, esclarece.
 

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Nobel de Química de 2010 defende transformar CO2 em energia

25 de abril de 2012 | 15h 21


O prêmio Nobel de Química em 2010, o japonês Ei-ichi Negishi, falou nesta quarta-feira, 25, sobre uma possível solução para reduzir o aquecimento global, através de um processo de catálise do dióxido de carbono (CO2) para "reciclá-lo", diminuir seu nível de oxidação e transformá-lo em combustível.

Em entrevista coletiva dentro do programa de divulgação científica da Universidade de Santiago de Compostela (USC, noroeste da Espanha), Negishi ressaltou que esta possibilidade constitui "uma das maiores tarefas" da ciência.

"A natureza, ou Deus, esteve fazendo isso sempre com o CO2 e a água pelo processo natural da fotossíntese, transformando gases em hidrocarbonetos mediante um processo biológico", disse o pesquisador.

Ele destacou que com o ritmo de crescimento da população mundial, em 200 anos seria necessário outro planeta para poder alimentar a todos com os métodos tradicionais da agricultura.

Ao ser perguntado sobre as previsões de que o ritmo atual de aumento dos níveis de dióxido de carbono na atmosfera pode levar o planeta a uma mudança climática de consequências imprevisíveis, Negishi ressaltou que "o CO2, utilizado com água, poderia ser transformado em combustível".

Segundo o cientista, precisamos estar preparados para um aumento da população mundial nos próximos anos, tanto mediante um aumento da produção de alimentos de maneira tradicional, que absorvem os gases da atmosfera, como recorrendo a procedimentos "sintéticos" para evitar o fenômeno do aquecimento global.

Negishi, agraciado com o prêmio Nobel por desenvolver reações com catalisadores de paládio para criar compostos químicos, ressaltou que o CO2 poderia se transformar em uma fonte de energia se puder ser reciclado.

O dióxido de carbono tem tal nível de oxidação que, em si, não pode servir de combustível, mas uma vez rebaixado a monóxido de carbono, metanol ou metano, poderia servir para tal propósito, explica o cientista.

Ele também afirma que apesar dos processos de catálise serem muito caros, por causa dos materiais utilizados - como o ouro, platina, irídio, paládio ou prata - que têm um elevado valor de mercado, a biossíntese poderia abrir novas perspectivas.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

POLUIÇÃO DAS ÁGUAS

            


             Introdução 
A água é um bem precioso e cada vez mais tema de debates no mundo todo. O uso irracional e a poluição de fontes importantes (rios e lagos), podem ocasionar a falta de água doce muito em breve, caso nenhuma providência seja tomada.


Falta de água 
Este milênio que está começando, apresenta o grande desafio de evitar a falta de água. Um estudo recente da revista Science (julho de 2000) mostrou que aproximadamente 2 bilhões de habitantes enfrentam a falta de água no mundo. Em breve poderá faltar água para irrigação em diversos países, principalmente nos mais pobres. Os continentes mais atingidos pela falta de água são: África, Ásia Central e o Oriente Médio. Entre os anos de 1990 e 1995, a necessidade por água doce aumentou cerca de duas vezes mais que a população mundial. Isso ocorreu provocado pelo alto consumo de água em atividades industriais e zonas agrícolas. Infelizmente, apenas 2,5% da água do planeta Terra são de água doce, sendo que apenas 0,08% está em regiões acessíveis ao ser humano.



Causas da poluição das águas do planeta 
As principais causas de deteriorização dos rios, lagos e dos oceanos são: poluição e contaminação por poluentes e esgotos. O ser humano tem causado todo este prejuízo à natureza, através dos lixos, esgotos, dejetos químicos industriais e mineração sem controle.
Em função destes problemas, os governos preocupados, tem incentivado a exploração de aqüíferos (grandes reservas de água doce subterrâneas). Na América do Sul, temos o Aqüífero Guarani, um dos maiores do mundo e ainda pouco utilizado.Grande parte das águas deste aqüífero situa-se em subsolo brasileiro.


Problemas gerados pela poluição das águas 
Estudos da Comissão Mundial de Água e de outros organismos internacionais demonstram que cerca de 3 bilhões de habitantes em nosso planeta estão vivendo sem o mínimo necessário de condições sanitárias.Um milhão não tem acesso à água potável. Em virtude desses graves problemas, espalham-se diversas doenças como diarréia, esquistossomose, hepatite e febre tifóide, que matam mais de 5 milhões de seres humanos por ano, sendo que um número maior de doentes sobrecarregam os precários sistemas de saúde destes países.

Soluções 
Com o objetivo de buscar soluções para os problemas dos recursos hídricos da Terra, foi realizado no Japão, em março de 2003, o III Fórum Mundial de Água. Políticos, estudiosos e autoridades do mundo todo aprovaram medidas e mecanismos de preservação dos recursos hídricos. Estes documentos reafirmam que a água doce é extremamente importante para a vida e saúde das pessoas e defende que, para que ela não falte no século XXI, alguns desafios devem ser urgentemente superados: o atendimento das necessidades básicas da população, a garantia do abastecimento de alimentos, a proteção dos ecossistemas e mananciais, a administração de riscos, a valorização da água, a divisão dos recursos hídricos e a eficiente administração dos recursos hídricos.
Embora muitas soluções sejam buscadas em esferas governamentais e em congressos mundiais, no cotidiano todos podem colaborar para que a água doce não falte. A economia e o uso racional da água deve estar presente nas atitudes diárias de cada cidadão. A pessoa consciente deve economizar, pois o desperdício de água doce pode trazer drásticas conseqüências num futuro pouco distante.

Dicas de economia de água: Feche bem as torneiras, regule a descarga do banheiro, tome banhos curtos, não gaste água lavando carro ou calçadas, reutilize a água para diversas atividades, não jogue lixo em rios e lagos, respeite as regiões de mananciais.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

MATA ATLÂNTICA


                                              MATA ATLÂNTICA 



                          LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA DA REGIÃO


A mata atlântica originalmente percorria o litoral brasileiro de ponta a ponta. Estendia-se do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul, e ocupava uma área de 1,3 milhão de quilômetros quadrados. Tratava-se da segunda maior floresta tropical úmida do Brasil, só comparável à Floresta Amazônica.

O grande destaque da mata original era o pau-brasil, que deu origem ao nome do nosso país. Alguns exemplares eram tão grossos que três homens não conseguiam abraçar seus troncos. O pau-brasil hoje é quase uma relíquia, existindo apenas alguns exemplares no Sul da Bahia.

Atualmente da segunda maior floresta brasileira restam apenas cerca de 5 % de sua extensão original. Em alguns lugares como no Rio Grande do Norte, nem vestígios. Hoje a maioria da área litorânea que era coberta pela Mata Atlântica é ocupada por grandes cidades, pastos e agricultura. Porém, ainda restam manchas da floresta na Serra do Mar e na Serra da Mantiqueira, no sudeste do Brasil.

O aparecimento da Serra-do-Mar e da Mantiquiera datam da separação entre o continente Americano e Africano. No pricípio eram altas montanhas e só com os milhões de anos de erosão conseguiram suavisar essas rochas de formação antiga que sustentam o continente sulamericano. Concomitantemente evoluíram as linhagens de plantas que originaram a Mata Atlântica. Nesta época também desenvolveram-se insetos, aves e mamíferos fazendo com que hoje fauna e flora se combinem rica e complexamente.


Área total original: aproximadamente 1,3 milhão de km2.

Área total atual: aproximadamente 52.000 Km2.



CARACTERIZAÇÃO DO AMBIENTE EM QUE SE DESENVOLVE A VEGETAÇÃO



A Mata Atlântica compreende a região costeira do Brasil. Seu clima é equatorial ao norte e quente temperado sempre úmida ao sul, tem temperaturas médias elevadas durante o ano todo e não apenas no verão. A alta pluviosidade nessa região deve-se à barreira que a serra constitui para os ventos que sopram do mar. Seu solo é pobre e a topografia é bastante acidentada. No inteiror da mata, devido a densidade da vegetação, a luz é reduzida.

Há uma importante cadeia de montanhas que acompanham a costa oriental brasileira, desde o nordeste do Rio Grande do Sul até o sul do estado da Bahia. Ao norte as maiores altitudes se encontram mais para o interior do país, mas, nas regiões do norte do estado de Alagoas, todo estado de Pernambuco e da Paraíba, e em pequena parte do Rio Grande do Norte temos altitudes de 500 a 800 metros que estão próximas ao mar. Em São Paulo é conhecida como Serra do Mar e em outros estados tem outros nomes. Sua altitude média fica ao redor dos 900 metros. Em certos trechos é bastante larga, mas em outros é muito estreita. Afasta-se do mar em alguns pontos, se aproximando dele em outros.

Os ventos úmidos que sopram do mar em direção ao interior do continente ao subirem resfriam-se e perdem a umidade que possuem; o excesso condensa-se e se precipita, principalmente nas partes mais altas da serra, em forma de nevoeiro ou chuvas. Assim esses ambientes contém bastante umidade para sustentar as florestas consteiras, densas, com árvores de 20 a 30 metros de altura.Devido a densidade da vegetação arbórea, o sub-bosque é escuro, mal ventilado e úmido. Próximo ao solo existe pouca vegetação, devido à escassa quantidade de luz que consegue chegar aí.

As condições físicas na floresta atlântica variam muito, dependendo do local estudado, assim, apesar de a região estar submetida a um clima geral, há microclimas muitos diversos e que variam de cima para baixo nos diversos estratos. Os teores de oxigênio, luz, umidade e temperatura são bem diferentes dependendo da camada considerada.

Em certos pontos da floresta chega ao solo 500 vezes menos luz do que nas copas das árvores altas. A temperatura também varia bastante, as copas das camadas superiores se aquecem durante o dia, porém perdem calor rapidamente a noite. Ao contrário nas camadas inferiores, a tempratura varia muito pouco, já que as folhas funcionam como isolante térmico. Nas camadas mais altas, mais expostas, a ventilação tem valores consideravelmente maiores que nos andares inferiores da mata. Em resumo, os microclimas nos diversos andares de uma floresta pluvial podem ser muito diferentes, embora o clima geral (macroclimas) seja um só. O que interessa, naturalmente, a cada espécie e a cada indivíduo, não é o clima geral da região em que se encontra a floresta, e sim o clima ao qual ele faz parte; o importante é o clima a que ele (indivíduo) ou ela (espécie) estejam sujeitos (microclima).

Os solos da floresta são, via de regra, pobres em minerais e sua natureza é granítica ou gnáissica. A maior parte dos minerais está contida nas plantas em vez de estar no solo. Como há no solo muita serrapilheira que origina abundante húmus, existem microorganimos de vários grupos os quais decompõem a matéria orgânica que se incorpora ao solo. Esses minerais uma vez liberados pela decomposição de folhas e outros detritos, são prontamente reabsorvidos pelo grande número de raízes existentes, retornando ao solo quando as plantas ou suas partes (ramos, folhas, flores, frutos e sementes) caem. Fecha-se, assim, o ciclo planta-solo, que explica a manutenção de florestas exuberantes, em solos nem sempre férteis, às vezes paupérrimos (como é, muitas vezes, o caso de florestas da Amazônia).

No entanto, o desmatamento leva a um rápido empobrecimento dos solos, já que as águas da chuva levam os minerais e os carregam para o lençol subterrâneo (lixiviação). Esses solos por esse motivo normalmente não se prestam à agricultura, a menos que sejam enriquecidos anteriormente. Muito frequentemente são de composição argilosa e após desmatamentos sofrem erosão rápida ou então endurecem, formando crostas espessas de difícil cultivo. É porisso que a queimada de uma floresta tropical empobresse rapidamente o solo já que as águas da chuva carregam os sais minerais ao lençol subterrâneo. 


DESCRIÇÃO DOS ASPECTOS FISIONÔMICOS, ESTRUTURAIS E FLORÍSTICOS DA FLORESTA ATLÂNTICA.


Esse tipo de formação florestal recebe várias denominações: floresta latifoliada tropical úmida de encosta (segundo a classificação de Andrade-Lima), mata pluvial tropical (segundo Romariz) e mata atlântica (denominação mais geral). É claro que todas estas denominações são corretas. O que interessa é saber interpretá-las. A expressão de Andrade-Lima é a mais complexa. Está indicando que se trata de floresta sempre verde, cujos componentes em geral possuem folhas largas, que é vegetação de lugares onde há bastante umidade o ano todo, e, finalmente, que é vizinha da costa ou acompanha a costa. Na expressão de Romariz, sabe-se que se trata de floresta cujos os componentes tem folhas largas, é mata dos trópicos úmidos e vive em encostas. Os autores que usam a expressão mata atlântica estão indicando sua vizinhança com o Oceano Atlântico. E desta vizinhança decorre a umidade transportada pelos ventos que sopram do mar. Como consequência dessa umidade surge a possibilidade de terem seus componentes, na maioria, folhas largas. E, ainda, esta umidade constante, aliadas às altas temperaturas é que garante o caráter de vegetação perenifólia (cujas folhas não caem antes de as novas estarem já desenvolvidas), pois a queda periódica das folhas de certa vegetação é determinada ou pela falta de água (seca física - queda de folha na caatinga) ou pelas temperaturas muito baixas que impedem a absorção da água embora ela esteja presente (.seca fisiológica - queda das folhas nas matas de climas temperados).

Portanto por receber muita energia radiante e pelo alto índice de pluviosidade, trata-se de uma floresta exuberante, de crescimento rápido, e sempre verde, ou seja, as folhas não caem.

Calcula-se que na Mata Atlântica existam 10 mil espécies de plantas que contém uma infinidade de espécies de cores, formas e odores diferentes. Nela se encontra jabuticabas, cambuás, ingás, guabirobas e bacuparis. Plantas como orquídeas, bromélias, samambaias, palmeiras, pau-brasil, jacarandá-da-bahia, cabreúva, ipês, palmito. 




Na Mata Atlântica convivem lado a lado desde árvores grandiosas como o jequetibá, figueiras e guapuruvas e até líquens, musgos e minúsculas hepáticas. Existem muitas espécies de árvores com troncos duros e pesados, uma grande quantidade de cipós se apóiam nas árvores. Encontram-se no chão da mata uma grande quantidade de fungos, plantas saprófitas, sementes e plântulas. A Floresta Atlântica é semelhante fisionomicamente e em composição florística à Floresta Amazônica. São igualmente densas, com árvores altas em setores mais baixos do relevo, apesar de as árvores amazônicas apresentarem em média um maior desenvolvimento. Os troncos são recobertos por uma grande diversidade de epífitas que é um aspecto típico dessas florestas. A existência de grupos semelhantes de espécies entre a Amazônia e a Mata Atlântica sugere que essas florestas se comunicaram em alguma fase de sua história. Certos contrastes diferenciam a Floresta Amazônica da Mata Atlântica; a primeira é em geral de planície e a segunda, de altitude. Suas temperaturas médias discrepam, do ponto de vista vegetacional.Quanto mais distante a Mata Atlântica estiver do equador, mais ela se difere da vegetação amazônica devido ao abaixamento da temperatura. Na Floresta Amazônica, as temperaturas médias são elevadas todo ano, em torno de 26-27° C, indo a máxima absoluta a 38,8° C e a mínima absoluta a 22° C, o que faz do seu clima uma constante quente durante todo ano. Já na Mata Atlântica, as temperaturas médias variam 14-21° C, chegando a máxima absoluta 35° C para menos, não passando a mínima absoluta de 1° C (embora, no Sul, possa cair até -6° C).

A Floresta Atlântica guarda, apesar de séculos de destruição, a maior biodiversidade por hectare entre as florestas tropicais. Isso é devido a sua distribuição em condições climáticas e em altitudes variáveis, favorecendo a diversificação de espécies que estão adaptadas às diferentes condições topográficas de solo e umidade. Além disso, durante as glaciações essas florestas mudaram de área nos ciclos climáticos secos e úmidos. O estudo dos grãos de pólen depositados nos sedimentos atestam que a América do Sul passou por mudanças climáticas que provocaram retração e expansão das formações vegetais há milhões de anos. As flutuações climáticas produziram períodos mais secos, com nível do mar abaixo do atual e retração das florestas e expansão dos cerrados. Portanto nos últimos milhares de anos a geologia não mudou, mas o clima variou entre as glaciações, ou seja, as águas quando congelavam nos polos abaixavam os níveis dos oceanos e chovia pouco. Nas interglaciações o tempo esquentava, o mar aumentava de volume e chovia abundantemente. Isso fez com que as florestas tropicais que vivem de umidade e calor passassem por momentos de incubação e outros de exuberante beleza. Nessa época a Serra-do-Mar tinha papel importante na sobrevivência da Mata Atlântica já que barrava a umidade vinda do oceano salvando milhares de espécies dependente dessa umidade. Essas mudanças influenciaram na formação dos padrões atuais.

Agrande quantidade de matéria orgânica em decomposição sobre o solo dá à mata fertilidade suficiente para suprir toda a rica vegetação. Um solo pobre mantém uma floresta riquíssima em espécies, graças à rápida reciclagem da enorme quantidade de matéria orgânica que se acumula ao húmus. A reciclagem dos nutrientes é um dos aspectos mais importantes para a revivência da floresta. 


ADAPTAÇÕES VEGETATIVAS E REPRODUTIVAS DAS PLANTAS DIANTE DA DIVERSIDADE DO AMBIENTE EM QUE SE DESENVOLVEM


As árvores do interior da mata são adaptadas à sombra, desenvolveram grande área foliar a fim de captar o máximo de luminosidade possível nessas condições. Tem espécies que passam toda a vida sombreadas e mesmo assim, são capaxes de produzir flores, frutos e sementes. Muitas árvores são esguias, sem ramos, a não ser na parte superior. É que devido ao sombreamento, os ramos inferiores foram eliminados.

Sobre os troncos das árvores encontram-se dezenas de orquídeas, bromélias, cactáceas, ou seja, epífitas perfeitamente adaptadas a vida longe do solo.Como as epífitas não mantém contato com o solo muitas vezes possuem problemas de nutrição. Nada retiram das árvores apenas buscam uma maior luminosidade e ainda retribuem o abrigo atraindo animais polinizadores, como o beija-flor. Nos troncos onde as águas das chuvas escoam rapidamente, as epífitas tiveram que se adaptar a secas periódicas, mesmo vivendo num ambiente úmido. Bromélias possuem folhas que formam um reservatório de água, na forma de um copo. Nesses reservatórios aquáticos podem viver algas, protozoários, vermes, lesmas e até pererecas constituindo uma pequena comunidade. As orquídeas, cactáceas guardam em suas suculentas flolhas a água que necessitam para a sobrevivência. 


  
Há plantas que começam como epífitas e terminam como plantas terrestres. Suas sementes germinam sobre forquilhas de ramos ou axilas de folhas, onde foram depositadas por pássaros em suas fezes; suas raízes crescem em torno do caule da hospedeira, em direção ao solo, onde penetram e se ramificam; com seu crescimento em espessura acabam concrescendo umas com as outras formando uma coluna vigorosa, capaz de suportar sua copa, quando a hospedeira, com seu caule asfixiado no interior, morre e se desfaz. O exemplo típico é o Ficus, conhecido como mata-pau. Certas espécies nascem no solo, atingem com seu eixo principal ou com alguns ramos um suporte e nele se fixa; se porventura se desfizer a ligação, por qualquer motivo, com o solo, por exemplo por morte de parte do eixo em contato com ele, essas plantas passam a viver epifiticamente. 



 
Na mata existe uma planta que abriga formigas, a embaúba, a única planta que fora da região amazônica se associa com formigas, enquanto lá os exemplos desta associação são numerosos. A formiga protege a planta contra a ação de predadores e essa árvore serve de abrigo às formigas.
 No chão da floresta alguns fungos, as micorrizas, formam-se junto às raízes das árvores onde auxiliam na absorção de nutrientes. 

Plantas saprófitas evoluídas a ponto de dispensar a clorofila, deixando de fazer a fotossítese, vivem a custa de matéria orgânica em decomposição. São plantas esbranquiçadas que crescem em meio as folhas no chão da floresta.

Nesses matas são comuns as raízes tabulares e as raízes de escoras, que são dispositivos para se coletar oxigênio do ar, uma vez que a taxa de oxigênio do solo é pequena. Além disso solos muito úmidos não proporcionam boa fixação, assim as raízes tabulares aumentam a base de sustentação da planta. Devido a densidade da vegetação ser muito grande, os ramos nas copas das árvores se entrelaçam e as plantas assim se suportam reciprocamente e mesmo que os troncos sejam cortados, a árvore não cai por estar presa à copa.

O chão da floresta é um verdadeiro berçário de plantas recém germinadas ou em vida latente dentro das sementes. Muitas dessas plantas podem passar anos aguardando que uma árvore caia, abrindo uma clareira para que tenham luz suficiente para crescer. Outras suportam até a passagem do fogo das queimadas para depois germinar e auxiliar na cicatrização da floresta. Algumas espécies como os manacás-da-serra e quaresmeiras produzem milhares de minúsculas sementes que o vento carrega e deposita sobre as áreas abertas onde rapidamente crescem fechando as "feridas".

Na floresta temos plantas que emitem odores atraentes ou até mesmo simulando uma fêmea de algum animal com a função de atrair polinizadores, tais como abelhas,vespas, moscas, besouros, borboletas, mariposas, aves ou até morcegos.

Durante o inverno, ipês e suinãs exibem suas flores nos altos das copas ao mesmo tempo em que derrubam todas as folhas, tornando as flores visíveis a seus polinizadores a longa distância. Algumas espécies produzem suas flores junto aos troncos onde abelhas e outros polinizadores no interior da mata podem encontrá-las com mais facilidade.

Há plantas que abrem ao entardecer no mesmo período de atividade de seus polinizadores, tais como pequenos morcegos.

Na dispersão das sementes tem plantas que produzem frutos ou sementes com asas ou longos pelos, valendo-se dos ventos para distribuí-las. Ourtas produzem frutos explosivos, que ao secarem lançam suas sementes à longas distâncias. Diversas plantas produzem frutos suculentos e coloridos que se prestam à alimentação de vários animais. Depois da digestão, estes seres defecam as sementes prontas para germinar.

As folhas são muitas vezes brilhantes, recorbertas por cera, tendo superfícies lisas e pontas em forma de goteira. Todas essas características facilitam o escoamento da água das chuvas impedindo sua permanência prolongada, o que seria inconveniente sobre a superfície foliar porque pode obstruir estômatos, além de servir para, em suas gotas, se desenvolverem microorganismos que podem determinar doenças. Outros mecanismos são conhecidos tais como: caules e folhas pendentes, folhas de limbo em pedúnculos delgados e longos, que se curvam ao peso da água fazendo com que a ponta do limbo se incline para baixo, o que determina o escoar da água por ação da gravidade e com isso o peso do limbo diminui e volta à posição anterior.


A SITUAÇÃO ATUAL DESSA FORMAÇÃO VEGETAL NO BRASIL DO PONTO DE VISTA DA PRESERVAÇÃO DE ESPÉCIES VEGETAIS E ANIMAIS


Um dos motivos para preservar o que restou da Mata Atlântica é a rica biodiversidade, ou seja, a grande variedade de animais e plantas. Calcula-se que nela existam dez mil espécies de plantas, sendo 76 palmeiras, 131 espécies de mamíferos, 214 espécies de aves, 23 de marsupiais, 57 de roedores, 183 de anfíbios, 143 de répteis e 21 de primatas. Dentre estes animais estão vários morcegos destacando-se uma espécie branca. Dos símios destacam-se o muriqui, que é a maior e mais corpulenta forma de macaco tropical, e o sauí-preto que é o mais raro dos símios brasileiros. Habitam também a mata diferentes sagüis, os sauás, os macacos-prego e o guariba que está se extinguindo. Dos canídios, o cachorro-do-mato é um dos predadores mais comum juntamente com o guaxinim, o coati, o jupurá, os furões, a irara, o cangambá, e felinos, como gatos-do mato que se alimentam de animais como o tapiti, diferentes ratos-do-mato, caxinguelês, cotias, outiço-cacheiro, o raro ouriço-preto, etc. 




 Ocorrem também na mata tamanduás-mirins, preguiças, e tatus, com destaque a preguiça-de-coleira que hoje em dia está tão escassa e já ameaçada de desaparecimento. 



Entre 1985 e 1990 foram cortadas na Mata Atlântica 1.200.000.000 árvores. Apesar disso, a Mata Atlântica conserva sua importância em termos biológicos. O recorde mundial de diversidade de árvores pertence a uma área no sul da Bahia onde os botânicos registraram 450 tipos de árvores num único hectare, sendo que a maior parte deste imenso patrimônio era desconhecido. Ainda se tiram centenas de ervas medicinais e aromáticas para serem comercializadas tanto dentro do Brasil como com outros países. O mico-leão dourado é uma das espécies mais ameaçadas do mundo. Ele só é encontrado em uma pequena área de Mata Atlântica no Rio de Janeiro. Para evitar sua extinsão, é preciso garantir habitat suficiente para abrigar uma população de 2000 animais até o ano 2025.

Devido a grande devastação dessa mata quase 200 espécies estão ameaçadas de extinção fora aquelas que já se extinguiram, metade das espécies vivas hoje poderá estar extinta até o final do próximo século.

Hoje a maioria da área litorânea que era coberta pela Mata Atlântica é ocupada por grandes cidades, pastos e agricultura. Porém, ainda restam manchas da floresta na Serra do Mar. Aí ainda é possível ver o jequitibá-rosa, o gigante da floresta, as flores roxas das quaresmeiras e até alguns sobreviventes do pau-brasil. Embaixo das árvores, há pequenas árvores, arbustos e palmeiras, cobertos de bromélias e orquídeas. Encontramos morcegos, marsupiais, como o gambá e a cuíca; vários tipos de macacos; répteis como os lagartos, jabutis, cágados e cobras; as lindas borboletas que ainda não foram transformadas em quadros para turistas, e uma rica variedade de aves.


PREJUÍZOS E BENEFÍCIOS DECORRENTES DA DESTRUIÇÃO OU PRESERVAÇÃO DESSA FORMAÇÃO VEGETAL NO BRASIL SOB O PONTO DE VISTA ECOLÓGICO E EVOLUTIVO


Atualmente, da segunda grande floresta brasileira restam apenas cerca de 5 % de sua extensão original. Em alguns lugares, como no Rio Grande do Norte, nem vestígios e o resultado é o agravamento da seca no nordeste. Sem a floresta, a umidade é insuficente para provocar as chuvas. E os ventos que sopram do mar, não encontrando a barreira da floresta, levam o sal natural para a região do agreste, prejudicando sua vegetação. Mas, os ventos deslocam as dunas, que assoreiam as lagoas existentes no litoral. Os grandes rios que cortam a área original da Mata Atlântica, o Paraíba, o São Francisco, Jequitinhonha, Doce e Paraíba do Sul, antigamente tinham águas cristalinas ou tingidas de preto pelas folhas em decomposição da floresta. Hoje suas águas são barrentas por causa dos sedimentos arrastados pela erosão do solo desprotejido de vegetação, ou tão poluídas que são um perigo para a saúde.

A Mata Atlântica é considerada atualmente um dos mais importantes conjuntos de ecossistemas do planeta, e um dos mais ameaçados. As pouquíssimas ilhas de floresta que restam não podem desaparecer.

A destruição da biodiversidade e o desmatamento elimina de uma só vez grande contingente de espécies muitas vezes desconhecidas. Além disso homogeiniza o ecossistema quando se implanta a monocultura.

A destruição do solo e a retirada da floresta rompe com o sistema natural de ciclagem de nutriente. A remoção da cobertura vegetal fará com que a superfície do solo seja mais aquecida. Esse aquecimento aumentará as oxidações da matéria orgânica que se transformará rapidamente em materiais inorgânicos, solúveis ou facilmente solubilizados. O solos deixam também de ser protegidos da erosão pelas chuvas. Estudos da Embrapa constatam que, dos 3,5 milhões de hectares de pastagens que substituiram a floresta, 500 mil se degradaram num intervalo de tempo de 12 anos, além das queimadas e carvoeiros instalados. 




                              aspecto da floresta após ação antrópica

 
                                                        carvoeiros

No que tange as mudanças climáticas as florestas são responsáveis por 56 % da umidade local. Sua destruição elimina essa fonte injetora de vapor de água na atmosfera, responsável pelas condições climáticas regionais. Ao mesmo tempo diminui o poder de captura do CO2 atmosférico.

As monoculturas implantadas em área de mata são mais sensíveis a pragas e doenças. O ecossistema sob estresse tem tolerância menor ao ataque de parasitas e doenças; consequentemente tem sido introduzidos nessas áreas grande quantidade de inseticidas e agrotóxicos para atacar as pragas, o que destrói ainda mais a diversidade de espécies e contamina os ecossistemas aquáticos.


Referências Bibliográficas:

FERRI, Mário Guimarães Ecologia: temas e problemas brasileiros Editora Itatiaia São Paulo,Vol 3 , 1974.

RIZZINI, Carlos Toledo, Ecossistemas Brasileiros

Trabalho feito por:

Mauro Sérgio Martins
Alessandra Luzia da Róz
Gilmara de Oliveira Machado
 

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Poluição do ar


A partir de meados do século XVIII, com a Revolução Industrial, aumentou muito a poluição do ar. A queima do carvão mineral despejava na atmosfera das cidades industriais européias, toneladas de poluentes. A partir deste momento, o ser humano teve que conviver com o ar poluído e com todas os prejuízos advindos deste "progresso". Atualmente, quase todas as grandes cidades do mundo sofrem os efeitos daninhos da poluição do ar. Cidades como São Paulo, Tóquio, Nova Iorque e Cidade do México estão na lista das mais poluídas do mundo.



  
Geração da poluição

A poluição gerada nas cidades de hoje são resultado, principalmente, da queima de combustíveis fósseis como, por exemplo, carvão mineral e derivados do petróleo ( gasolina e diesel ). A queima destes produtos tem lançado uma grande quantidade de monóxido de carbono e dióxido de carbono (gás carbônico) na atmosfera. Estes dois combustíveis são responsáveis pela geração de energia que  alimenta os setores industrial, elétrico e de transportes de grande parte das economias do mundo. Por isso, deixá-los de lado atualmente é extremamente difícil.
  


Problemas gerados pela poluição

Esta poluição tem gerado diversos problemas nos grandes centros urbanos. A saúde do ser humano, por exemplo, é a mais afetada com a poluição. Doenças respiratórias como a bronquite, rinite alérgica, alergias e asma levam milhares de pessoas aos hospitais todos os anos. A poluição também tem prejudicado os ecossistemas e o patrimônio histórico e cultural em geral. Fruto desta poluição, a chuva ácida mata plantas, animais e vai corroendo, com o tempo, monumentos históricos. Recentemente, a Acrópole de Atenas teve que passar por um processo de restauração, pois a milenar construção estava sofrendo com a poluição da capital grega.

O clima também é afetado pela poluição do ar. O fenômeno do efeito estufa está aumentando a temperatura em nosso planeta. Ele ocorre da seguinte forma: os gases poluentes formam uma camada de poluição na atmosfera, bloqueando a dissipação do calor. Desta forma, o calor fica concentrado na atmosfera, provocando mudanças climáticas. Futuramente, pesquisadores afirmam que poderemos ter a elevação do nível de água dos oceanos, provocando o alagamento de ilhas e cidades litorâneas. Muitas espécies animais poderão ser extintas e tufões e maremotos poderão ocorrer com mais freqüência.



Soluções e desafios

Apesar das notícias negativas, o homem tem procurado soluções para estes problemas. A tecnologia tem avançado no sentido de gerar máquinas e combustíveis menos poluentes ou que não gerem poluição. Muitos automóveis já estão utilizando gás natural como combustível. No Brasil, por exemplo, temos milhões de carros movidos a álcool, combustível não fóssil, que poluí pouco. Testes com hidrogênio tem mostrado que num futuro bem próximo, os carros poderão andar com um tipo de combustível que lança, na atmosfera, apenas vapor de água.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Curitiba é a cidade mais sustentável da América Latina, revela índice


A capital do Paraná, Curitiba, obteve no domingo, 21 de novembro, a distinção de metrópole mais verde entre outras 17 da América Latina, segundo um estudo sobre meio ambiente apresentado pela empresa alemã Siemens e a unidade de estudos da revista britânica The Economist. As informações são da Folha de S.Paulo.
Habitada por 1,7 milhão de habitantes, Curitiba foi a única das cidades analisadas que conquistou um resultado "muito acima" da média quanto a implantação de normas ambientais, de acordo com o Green City Index (GCI), ranking apresentado no marco da Cúpula Climática Mundial de Prefeitos (CCLIMA), realizada no México.
Seguida dela, no segundo dos cinco níveis, ficou outro grupo de cidades como a capital da Colômbia, Bogotá, Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo. Resultados "aceitáveis" na classificação foram obtidos pela colombiana Medellín, Cidade do México, Puebla e Monterrey, Porto Alegre, Quito e Santiago do Chile, situadas no terceiro nível. "Abaixo da média", o quarto nível em termos ambientais, ficaram Buenos Aires e Montevidéu, enquanto a mexicana Guadalajara e Lima, capital do Peru, estiveram um nível mais abaixo, "muito abaixo" da média.
O novo índice considerou as variáveis de eficiência energética e emissões de dióxido de carbono (CO2), uso do solo e edifícios, tráfego, resíduos, água, situação das águas residuais, qualidade do ar e agenda ambiental de governo. O GCI pretende ser um indicador que ajude a conscientizar as autoridades municipais sobre as necessidades de desenvolver políticas sustentáveis, explicaram os responsáveis pelo estudo.
"A ferramenta permitirá às cidades aprender mais de suas respectivas situações e fomentará a troca sobre estratégias eficazes partindo de uma base objetiva", explicou à Folha Pedro Miranda, executivo da Siemens e diretor do estudo. Segundo Leo Abruzzese, diretor global da Unidade de Inteligência de The Economist, o índice demonstra que as cidades que seguem uma colocação integral "alcançam resultados muito notáveis".
A metodologia do GCI foi empregada pela primeira vez com cidades europeias há um ano, em outro estudo apresentado pela Siemens e The Economist, com o apoio da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) e do Banco Mundial (BM). À época, o resultado ficou conhecido em Copenhague (Dinamarca), durante a 15ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre o Clima, realizada em dezembro de 2009.
Com informações da Folha de S.Paulo